P. F. Filipini
Pâmela Fátima Filipini
“Uma mistura de livros e escrita. Ficção e Realidade. Sou a minha literatura, o enigma literário da minha biblioteca interior, da minha arte. Sou as palavras do meu subconsciente, inconsciente, consciente e superconsciente, os versos ociosos de minha boca. Sou o vento que arrepia, talvez um alento, uma magia. Não sou o gélido ar da solidão nem a euforia da alegria. Mas apenas uma alma em meio a tantas, conquistando um espaço no olhar de quem me vê, no contexto de quem me lê.”
Resido em Rolim de Moura, cidade situada no Estado de Rondônia. Sou acadêmica do curso de Pedagogia.
Sei que estou a meio metro do que serei, do que almejo, do que alcanço todos os dias. Estou a centímetros do que fui e do que fiz. Essa espera que compõe o meu sangue só poderá ser escrita num papel esmagado trinta e três vezes pelas minhas mãos.
A vida é uma grande espera por aqueles momentos incríveis que se foram, também é a ansiedade pela mudança. Por isso, quando ficamos num canto quietos e pensativos, as primeiras lembranças que temos são das pessoas maravilhosas que passaram por nossas vidas, livros mágicos que lemos, palavras genialmente ditas, e besteiras, ah, elas nunca faltam. Somos formados pela vontade incessante de querer voltar e voar. Coisas boas nos causam isso. E também nos feri, faz-nos sentir dores, estas, tão fortes, que sempre iremos querer senti-las mais e mais, isso se chama saudade. A morte nos faz sentir saudade, coisas imortais também. Nunca nos daremos por satisfeitos, e nem podemos, pois é isso que dá algum sentido à nossa existência.
Não espere que a vida lhe traga sentenças prontas, nem um alfabeto inteiro para escolher. Cada um cultivará as dores que lhe convém. Os poetas costumam produzi-las, neles habita o dom de olhar às estrelas e ver apenas o brilho, sem influência de qualquer outra característica. Para eles nada vale a forma, se é grande ou pequena, gorda ou magra; o que vale é apenas o que elas podem entregar à sua alma. Os poetas vigiam a alma. Quando os lemos, eles nos deixam vagar para além da magia. É por isso que existe a literatura, para conduzir a alma até a magia.
Nasci para produzir magia, portanto, sempre serei uma feiticeira e não haverá Inquisição que conseguirá queimar-me.
Amei o Layout! Ansiosíssimo pelo livro...
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